terça-feira, 20 de setembro de 2011

Voam sem asas


   Ana de Almeida dos Santos Zaher

A felicidade existe, mas na maioria das vezes deixamos  ela escorregar feito areia nos vãos dos dedos. Voam sem asas coisas boas e más, e estamos vulneráveis e livres, apesar dos direitos e deveres, há muitos valores que a sociedade coloca em primeiro plano, ainda somos donos de nossas escolhas, em algumas situações o mundo vira contra você e depois se vê obrigado a voltar atrás, porque nem tudo é regra, e existem inúmeros fatores  que perdem o controle das mãos humanas. Exigir perfeição   é algo fora do alcance, mas trabalhar para o bem de todos é um caminho árduo, mas gratificante.

É claro que seria bem melhor amar tudo e todos, mas há quem  afirma que poderia não ter graça se fosse assim.  É impossível  estar de acordo com tudo, mas é possível conviver em paz com as diferenças. Não é mais fácil, porque temos orgulho e muitas vezes não valorizamos as coisas e pessoas que estão por perto sempre.

Voam sem asas o amor e ódio, e o universo traz e mostra que ser livre só não basta,  a inteligência para definir bem seu  próprio  caminho é fundamental.

O medo de abraçar e acolher a semente do bem,  faz defasar a colheita. Para muitos é mais fácil acomodar-se e resmungar  a vida toda, do que encarar e tentar.

Sei que é fácil pedir coragem aos outros, eu não peço, e nem digo que temer é errado. Acredito que o certo é dosar os sentimentos, e adquirir equilíbrio.

Vale a pena se esforçar e tornar seu sonho realidade, mais do que querer, tem que lutar, e não desanimar na primeira queda.

Tudo  serve de aprendizado, o que não deve ocorrer é perder as oportunidades, o ânimo, e a vontade de chegar, mesmo que não seja ou aconteça exatamente do jeito que planejou, e o que importa é sentir-se feliz e satisfeito.

Na maioria dos casos, as pessoas se decepcionam  com o rumo que suas vidas tomaram, e nem sempre admitem e aceitam um recomeço. Não entendem que temos o direito de mudar de opinião e a rota. 

Voam sem asas, a natureza, os homens, todo o planeta,  misturados filhos e agregados em busca do mesmo objetivo. A realização de seus anseios, cada um com sua particularidade.

Seguem  sua viagem, voando sem  asas e sem data marcada, em uma velocidade não controlada, porque cada piloto conduz sua nave. Dentro de o tempo não determinado.

É  evidente, o percurso é o mesmo, os sonhos e desejos são incontáveis, mas cada um é responsável  pelo que quer e o que almeja.

Voam sem asas, uns inocentes, outros com muita cede, e o mais importante,  dentro do contexto  todos vão  conquistando seus méritos.

Ana Almeida dos Santos Zaher é escritora, membro da União Brasileira de Escritores – UBE.

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